quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Conselho do Stephen Hawking




My advice to other disabled people would be concentrate on things your disability doesn’t prevent you doing well, and don’t regret the things it interferes with. Don’t be disabled in spirit, as well as physically.” (Stephen Hawking)
Tradução: Meu conselho para outras pessoas com deficiência seria que se concentrem nas coisas que sua deficiência não lhe impede de fazer bem, e não se lastime sobre as coisas nas quais ela interfere. Não seja deficiente de espírito, assim como fisicamente.

Stephen William Hawking, é um físico teórico e cosmólogo britânico e um dos mais consagrados cientistas da atualidade. Doutor em cosmologia, foi professor lucasiano de matemática na Universidade de Cambridge (posto que foi ocupado por Isaac Newton). Depois de atingir a idade limite para o cargo, tornou-se professor lucasiano emérito daquela universidade. Hawking tem uma distrofia neuromuscular, semelhante à esclerose amiotrófica lateral, cuja condição se agravou ao longo dos anos, e o deixou quase que completamente paralisado. (Fonte: Wikipedia)

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Trabalhando e cumprindo a lei de cotas!

E-commerce com sustentabilidade e Responsabilidade Social



O comércio é uma das atividades mais antigas da humanidade. Desde os tempos bíblicos os fenícios já levavam e traziam mercadorias pra baixo e pra cima, depois os chineses, ingleses, enfim, comprar e vender produtos não tem nada de muito novo.
O que vai mudando ao longo do tempo é o formato da atividade. Com a Web as plataformas ficaram digitais, as vitrines se virtualizaram mas boa parte da atividade ainda continua profundamente ligada ao mundo real. Afinal a entrega é feita por via terrestre ou aérea e ainda consome-se muito carbono até que o "livro" chegue lá em casa!

Os bastidores do comércio são feitos de várias etapas: o mapeamento dos procedimentos da operação, o organograma dos passos do atendimento, a segurança do processo, mas o que tem me interessado ultimamente é outra coisa.

É possível encontrar um arranjo para colocar atendentes portadores de necessidades especiais para realizar as atividades de backstage do negócio de e-commerce trabalhando home office?

De imediato a resposta é sim! No atendimento do SAC, no pós-venda e no monitoramento da reputação da marca nas mídias sociais. Isso apenas para começar. É claro que há muitos outros.
Já de saída, um trabalho home office tem uma pegada muito mais sustentável, pois envolve deslocamento zero e portanto carbono livre. Ponto pro Home Office.

E do ponto de vista da Responsabilidade Social?

No Brasil há uma lei que completa agora 20 anos. ( 8.213/91) que estabelece cotas para contratação de PNE - pessoas com necessidades especiais - pelas empresas. A intenção da lei é ótima, mas não está sendo cumprida em sua totalidade.
Só para ficar apenas num exemplo de apenas uma cidade, segundo dados da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo, a cidade tem hoje em torno de 10% de sua população com algum tipo de deficiência. Esse percentual supera 1 milhão de pessoas.
Só na cidade de São Paulo! Um milhão de pessoas é muita gente. Vamos considerar que de todo esse conjunto de pessoas, apenas uns 800.000 estejam em idade produtiva. Se todo esse pessoal fosse colocado no estádio do Morumbi - que tem capacidade para 80.000 - ele encheria mais de 10 vezes.

E dai?

Daí que empresas - que por obrigação tem que cumprir a lei de cotas - estão preferindo pagar altas multas pelo não cumprimento. Bota alta nisso!
Segundo o Ministério Público do Trabalho tem empresa pagando em torno de R$1,2 milhão. De multa!?
Bem, diante desses fatos, por que não juntar as duas pontas - a da legislação e do e-commerce - e criar uma condição de trabalho digna e legal e totalmente viável do ponto de vista da Responsabilidade Social?
Os grandes gurus de negócios não vivem falando em relação ganha-ganha? Taí uma boa oportunidade de todos ganharem.
Um dos problemas que as empresas alegam é a dificuldade da acessibilidade dos PNE. Bem a implantação de uma estação de trabalho em casa elimina esse argumento na raiz. Já faz tempo que há tecnologia de sobra para que todos os procedimentos do e-commerce sejam feitos remotamente e o cadeirante, por exemplo, pode trabalhar perfeitamente de um computador interligado em rede de sua casa. E cumprir todas as metas de produtividade!

Já é possível, no discurso e na prática, praticar a sustentabilidade e a Responsabilidade Social.

Acredito piamente que o mundo é movido por idéias inovadoras. Foram as idéias que fizeram a humanidade chegar até aqui e será através delas que vamos continuar a nossa evolução. Fazer o e-commerce ser uma atividade ganha-ganha para todos os atores do processo só requer um mínimo de inteligência e boa vontade. O resto é mimimi.

E você, conhece empresas que contratam PNE? Quais são elas?

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Como anda a aplicação da lei de cotas pelas empresas?

Da obrigatoriedade legal à responsabilidade social










































































































Cumprir a lei de cotas custa menos do que as multas que as empresas vêm pagando.

A Lei 8.213/91, que em seu artigo 93 estabelece cotas para a contratação de pessoas com deficiência pelas empresas, completou 20 anos no dia 24 de julho. Passou-se um tempo mais do que suficiente para que o mundo corporativo estivesse, naturalmente, promovendo a inclusão desses cidadãos no trabalho formal. Mas não é isso o que, de fato, vem acontecendo. A verdade é que, ainda hoje, estamos muito aquém de uma condição sequer razoável nessa questão.

Na cidade de São Paulo, 10,32% do total da população, o que significa 1.139.080 habitantes, tem algum tipo de deficiência. Destes, 749.856 estão na faixa etária que vai de 15 a 59 anos, portanto, em idade de trabalhar. Desse total, estima-se que o número de pessoas que se enquadram nos critérios da legislação vigente (incluindo os Decretos 3.298/1999 e 5.296/2004) é de 410.082.

Do outro lado, o número de vagas nas empresas oferecidas para essas pessoas não chega a 250 mil em todo o estado de São Paulo. E, em todo o país, dos 44.068.355 de empregos registrados em 2010, apenas 0,69% das vagas (306.013 empregos) são de pessoas com deficiência, conforme dados da Relação Anual de Informações Sociais (Rais), do Ministério do Trabalho e Emprego.

É espantoso saber, por meio da atuação do Ministério Público do Trabalho de São Paulo e da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego-SP, que grandes corporações da indústria, do varejo e do setor de serviços ainda estejam pagando somas consideráveis em multas em vez de investirem na inclusão de pessoas com deficiência. Em um processo recente, movido pelo Ministério Público do Trabalho, uma única empresa foi multada em R$ 1,2 milhão.

As vagas para pessoas com deficiência não chegam a 250 mil na cidade de São Paulo para uma demanda de 410 mil

Claro que a contratação de pessoas com deficiência exige algumas condições, como promover a acessibilidade no posto de trabalho e a capacitação tanto do contratado como das demais pessoas que já pertencem ao quadro funcional da empresa contratante, mas certamente esse é um custo muito menor do que o que as empresas vêm pagando em multas, como penalidade pelo não cumprimento da lei de cotas. Isso tudo leva a pensar que na realidade a questão pode estar muito mais relacionada à discriminação e ao preconceito do que à condição econômica das corporações.

A base para essa afirmação vem de alguns simples cálculos. De um lado temos a informação da Rais de que a média salarial das pessoas com deficiência contratadas é de R$ 1.922,90 e que com os encargos cada funcionário pode custar para a empresa R$ 3.807,34 por mês (sem incluir os possíveis benefícios oferecidos). De outro, considerando que o valor mínimo legal da multa por pessoa com deficiência não contratada é de R$ 1.523,57 e que sobre esse valor há um acréscimo que varia de 20% a 50%, de acordo com o percentual de cota a ser cumprido pela empresa (2% para as que têm até 200 empregados a 5% para as que têm acima de 1.000), podemos fazer o seguinte cálculo: R$ 1.523,57 mais R$ 761,79 (contando que o acréscimo será de 50%, pegando o exemplo de uma empresa com mais de 1001 funcionários) temos um total que poderá ser de R$ 2.285,36 de multa por pessoa com deficiência não contratada por dia (determinação que cabe ao auditor fiscal). Com isso, em 30 dias, a empresa paga em multa equivalente a 18 meses de salário de uma pessoa com deficiência contratada, R$ 68.560,65.

Ainda em relação às multas é importante ressaltar a iniciativa da Procuradoria Regional do Trabalho - 2ª Região (PRT2), do Ministério Público do Trabalho, que tem dado opção às empresas de reverter os valores relativos às multas em doações para benefício das pessoas com deficiência. Desde 2010, a Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo tem recebido alguns desses recursos por meio do Programa Saúde da Pessoa com Deficiência, para aparelhar os hospitais municipais com equipamentos de ponta.

Foi assim que cerca de R$ 1 milhão - soma das multas de três empresas com mais de mil funcionários - foram revertidos na doação de dois equipamentos de ultrassom 4-D, um para o Hospital e Maternidade Escola Dr. Mário de M. A. da Silva, em Vila Nova Cachoeirinha (zona Norte) e outro para o Hospital Dr. Ignácio Proença de Gouvêa, na Mooca (zona Leste); 13 Cardiotacógrafos, sendo 12 para a Central de Monitoramento Fetal do Hospital Cachoeirinha e um para o Hospital Prof. Dr. Alípio Correa Neto, em Ermelino Matarazzo; e um carro elétrico para transporte de pessoas com deficiência e mobilidade reduzida para o Hospital Cachoeirinha.

Por tudo isso, é curioso notar que muitas dessas mesmas empresas que não cumprem a lei de cotas e já sofreram com as penalidades previstas, apoiam e/ou desenvolvem projetos e ações de responsabilidade social, algumas vezes até distantes da comunidade onde estão inseridas, e editam anualmente elaborados relatórios de "Balanço Social", nos quais contabilizam seus feitos em benefício de uma parcela da sociedade.

Cabe aqui, portanto, questionar: qual é efetivamente o papel social das organizações? Não é, principalmente, o de oferecer oportunidade de trabalho a quem não tem emprego? Promover a empregabilidade de pessoas com deficiência não seria, então, a melhor ação social de uma empresa?

É preciso derrubar, definitivamente, as barreiras subjetivas que impedem a expansão do mercado de trabalho para as pessoas com deficiência, fazendo com que os empresários, dos mais diversos ramos de atividade no país, deixem de subestimar a capacidade da força de trabalho desses cidadãos.

Marcos Belizário é advogado e secretário municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo

Fonte: http://www.valoronline.com.br/impresso/opiniao/98/470099/da-obrigatoriedade-legal-a-responsabilidade-social

segunda-feira, 1 de agosto de 2011

Deficiências



Essas são definições muito verdadeiras das nossas deficiências, certamente temos algumas, ainda que em menor grau. Que possamos saná-las com a ajuda do nosso Pai, que é o único que pode nos transformar. Um dia maravilhoso a todos.






DEFICIÊNCIAS 
Mário Quintana

'Deficiente' é aquele que não consegue modificar sua vida, aceitando as imposições de outras pessoas ou da sociedade em que vive, sem ter consciência de que é dono do seu destino. 
'Louco'  é quem não procura ser feliz com o que possui
'Cego' é aquele que não vê seu próximo morrer de frio, de fome, de miséria, e só tem olhos para seus míseros problemas e pequenas dores. 
'Surdo'  é aquela que não tem tempo de ouvir um desabafo de um amigo, ou o apelo de um irmão. Pois está sempre apressado para o trabalho e quer garantir seus tostões no fim do mês. 
'Mudo' é aquele que não consegue falar o que sente e se esconde por trás da máscara da hipocrisia. 
'Paralítico' é quem não consegue andar na direção daqueles que precisam de sua ajuda. 
'Diabético'  é quem não consegue ser doce.  
'Anão' 
 é quem não sabe deixar o amor crescer. E, finalmente, a pior das deficiências é ser miserável, pois:

' A amizade é um amor que nunca morre.  


quarta-feira, 6 de julho de 2011

Cadeirante que não conseguiu entrar no cinema será indenizado

Será o início de novos tempos aos portadores de necessidades especiais?

Aconteceu no Rio Grande do Sul. A nota revela a existência da condenação de uma empresa de cinemas por não possuir meios de acessibilidade de cadeirante.

Leia a notícia neste link: Cadeirante que não conseguiu entrar no cinema será indenizado

Aos poucos a sociedade vai fazendo (lentas) mudanças em seu comportamento e atitude em relação aos portadores de necessidades especiais.

Divulgando esta notícia todos nós seremos beneficiados... Inclusive donos de estabelecimentos comerciais que ainda não tenham os meios necessários para o adequado atendimento aos cadeirantes.

quinta-feira, 24 de março de 2011

Aeroporto de Presidente Prudente



Dentre as muitas necessidades que existem neste país uma delas, sem dúvida é um pouco mais de atenção aos portadores de necessidades especiais.

Claro que sempre há boas pessoas que estão, sempre, dispostas a ajudar. Ainda que isso possa implicar em riscos maiores a todos.

É preciso uma mobilização nacional pela necessidade de maior respeito à dignidade das pessoas.

Parabéns Mara Gabrilli por mais esta demonstração do que tem de ser feito!

terça-feira, 22 de março de 2011

Catarinenses da Serra desenvolvem carro especial para deficientes físicos

Este carro, chamado de Pratyko, tem um elevador que suporta até 200 quilos que possibilita ao cadeirante estacionar de ré e descer direto na calçada - Foto: Vani Boza / Agencia RBS

Melhora a mobilidade, autonomia e a vida do cadeirante


O protótipo já está pronto, só faltam parceiros para viabilizar a produção e comercialização
Pablo Gomes | pablo.gomes@diario.com.br Vem de uma pequena cidade da Serra de Santa Catarina uma invenção que deve proporcionar uma vida mais digna a muita gente no Brasil inteiro e até em outros países. O Pratyko é um carro construído especialmente para deficientes físicos, a fim de atender às necessidades de locomoção destas pessoas. O protótipo já está pronto. Faltam agora parceiros para viabilizar a produção em série e a comercialização do automóvel.

Tudo começou há oito anos, quando o técnico em informática Márcio David, de 38 anos, cadeirante desde bebê após sofrer um acidente, estava em uma festa de aniversário em Lages e foi questionado por amigos sobre os problemas que enfrenta. Márcio, que já tinha a ideia de produzir um veículo para facilitar a vida dos deficientes, disse que as maiores dificuldades eram justamente para se locomover, pois sempre dependia de alguém. E foi desta conversa informal que o sonho de boa parte das 25 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil começou a virar realidade.

Em 2005, um amigo de Márcio, o técnico em eletrônica Gilberto Mesquita, apresentou um pequeno protótipo do que poderia vir a ser um carro de verdade. E logo a ideia foi saindo do papel. A garagem da casa de Gilberto, na cidade de Correia Pinto, distante 25 quilômetros de Lages, virou a fábrica. E o que foi feito lá é de encher os olhos de qualquer cadeirante.

Além de Márcio e Gilberto, participam do trabalho os cientistas da computação João Francisco Gil e Sérgio Murilo Schütz. Para dar início ao Pratyko foram utilizadas rodas de empilhadeira, motor de barco, chassi tubular e dezenas de outras pecinhas.

Aos poucos, o projeto, batizado de Mão na Roda, foi sendo aperfeiçoado e, em 2009, foi contemplado pela Fundação de Apoio à Pesquisa Científica e Tecnológica do Estado (Fapesc) com R$ 50 mil para ser levado adiante. E com mais uns R$ 20 mil investidos pelos quatro amigos, em dezembro do ano passado ficou pronto o primeiro exemplar do Pratyko.

O carro

Com 2,6 metros de comprimento e 1,6 de largura, o protótipo leva peças e acessórios de carros normais, como as rodas e pneus aro 13, parachoque, parabrisa e farois. O motor é de uma motocicleta 250 cilindradas movido a gasolina e alcança velocidade de até 50 quilômetros por hora.

O acelerador e o freio são manuais, ao lado do volante. Bem como o câmbio, com embreagem, que tem cinco marchas para frente e para trás. Vidros elétricos, GPS e sensores de estacionamento na traseira e nas laterais também estão presentes.

No painel, um marcador de combustível, o velocímetro, o conta giros e o indicador das baterias – uma de moto para o motor e uma de carro para o sistema elétrico que controla a porta e o elevador. Porta e elevador que, aliás, estão os principais benefícios do Pratyko.

A porta é traseira, como se fosse o porta-malas, e, ao ser aberta, faz descer um elevador que suporta até 200 quilos. Ambos são comandados por controle remoto. Ou seja, o cadeirante pode estacionar de ré e descer, sem problemas, direto na calçada.

Pratyko será ainda melhor

Com a conclusão do protótipo, os quatro amigos devem começar a construir em breve o primeiro exemplar oficial do Pratyko. O veículo terá o mesmo tamanho, mas a carroceria será de fibra – o que baixará o custo e o peso do carro, que ficará na casa dos 400 quilos —, o motor será de 600 cilindradas, a velocidade máxima chegará a 80 quilômetros por hora, o consumo ficará entre 20 e 25 quilômetros por litro de gasolina, o câmbio será automático, uma câmera na traseira facilitará as manobras e a cadeira de rodas do condutor terá uma trava de segurança dentro do carro. Banco de passageiro e air bag são opções que podem ser incluídas futuramente.

Assim que o carro estiver pronto, o que deve ocorrer no máximo no ano que vem, será preciso fazer toda a parte burocrática, como a homologação junto ao Inmetro e ao Detran. Mas enquanto isso, a equipe do Mão na Roda busca parceiros e investidores para viabilizar a produção e a comercialização do Pratyko.

São necessárias uma metalúrgica para produzir o chassi e uma empresa que trabalhe com fibra para fazer a carroceria. A parte tecnológica ficará com Márcio, Gilberto, João e Sérgio. Quando a produção iniciar, a meta é fabricar 100 carros por ano, vendendo cada unidade por cerca de R$ 20 mil. Mas como no mercado automobilístico normal, será possível personalizar o veículo com outras opções, como ar condicionado, o que obviamente aumentará o custo.

O Pratyko começou a ser divulgado ainda neste mês pela internet e, em poucos dias, o site do projeto já foi acessado em 25 países. Aproximadamente 50 pessoas já entraram em contato para adquirir o veículo, e duas empresas, uma do estado do Paraná e outra de Angola, país lá do continente Africano, têm interesse em revender o carro.

— Este carro é a realização de um sonho, pois vai facilitar muito a vida dos cadeirantes. Teremos autonomia para nos locomover sem depender de ninguém —, diz Márcio David.

Serviço
Contatos com a equipe que projetou o Pratyko podem ser feitos pelo site do projeto ou pelos telefones (49) 9982-6595 e 9923-8605.

quarta-feira, 16 de março de 2011

Texto da Deputada Mara Gabrilli na Folha de SP

Consumo vetado

MARA GABRILLI


"Finger", "ambulift", braile, acessibilidade: todos termos pouco conhecidos, mas que garantem a nós, pessoas com deficiência, dignidade


Eram nove horas de uma noite chuvosa quando o avião da TAM aterrissou no aeroporto de Cumbica. Eu acabara de chegar de Brasília -episódio comum em minha rotina semanal desde que tomei posse na Câmara-, quando fui informada de que seria carregada por escada estreita e escorregadia no colo de um desconhecido.
O avião em que estava não desembarcou no "finger", equipamento que leva os passageiros diretamente ao terminal, e o "ambulift", espécie de ônibus com elevador para o transporte de cadeirantes, por sua vez, estava quebrado.
Uma semana depois, mais um episódio de desrespeito: a Gol é a única companhia aérea em terras brasileiras a se recusar a cumprir a resolução da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil) que concede desconto para acompanhantes de pessoas com deficiência.
Situação diferente, mas não menos constrangedora ocorreu com a jovem Julie Nakayama, 24. Passeando pela avenida Paulista, gostou de uma camiseta que vira na vitrine da Hering. Quis comprar a roupa, mas a entrada do estabelecimento possuía três degraus nada convidativos para uma cadeirante.
Moral da história: Julie foi embora porque nenhum funcionário do local se prontificou a ajudá-la. Pelo contrário, questionaram sua presença ali, como se a cadeira de rodas subtraísse de uma garota sua vaidade ou poder de consumo.
Se conhecessem Nathalia Fernandez, 21, entenderiam essa realidade. Ela, que tem paralisia cerebral e utiliza um carrinho motorizado para se locomover, sempre encontra dificuldades com a falta de provadores adaptados.
Cego desde os 13 anos por conta de glaucoma, Ricardo Sigolo, 61, se formou em biblioteconomia e trabalhou durante muito tempo com informação por meio do braile.
No entanto, fora do local do trabalho, dificilmente tem acesso a recursos para uma pessoa com deficiência visual. Muitas vezes, ele tem de ouvir por horas a declamação de um vendedor sobre determinado produto, porque as embalagens não oferecem informação em braile, bem como os cardápios da maioria dos restaurantes.
"Finger", "ambulift", braile, acessibilidade: todos termos pouco conhecidos pela maioria da população brasileira, mas que garantem a nós, pessoas com deficiência, dignidade. Dignidade a que eu não tive acesso naquela noite em que fiquei presa durante duas horas aguardando a autorização da Infraero para uso de um "ambulift" que estava fora do aeroporto.
Dignidade negada também ao arquiteto cadeirante Fernando Vasconcelos, 71, que não teve sua cadeira amarrada quando utilizava o mesmo equipamento e acabou sofrendo um acidente que lhe rendeu um traumatismo craniano.
Nessas ocasiões, em que seus direitos de consumidor e cidadão são subtraídos, eu me sinto, de fato, imóvel. É aí que a tetraplegia vem à tona. Não pela minha deficiência física, mas pela deficiência de serviços, de acessos, de atendimento adequado a mim ou a qualquer outro cidadão com deficiência.
Fato é que a tutela dos direitos do consumidor é garantida pela Constituição, bem como a dignidade da pessoa humana. Neste 15 de março, Dia Internacional do Consumidor, ainda não temos muito a comemorar. Contudo, essa é uma data simbólica para refletir sobre o que, de fato, é o consumo no nosso país.
Estamos expandindo o mercado de crédito, mas não investimos no básico: o ser humano. Um cenário que contradiz a política de igualdade pregada pelo governo ao facilitar o poder de compra das pessoas.
Afinal, de nada adianta consumir bens se não possuirmos informação e educação econômica para lidar com todos os públicos, garantindo que todos tenham acesso digno a qualquer serviço. Após 20 anos da instituição do Código de Defesa do Consumidor, crescemos economicamente, mas não aprendemos a lidar com as pessoas e suas diferentes necessidades.

MARA GABRILLI, 43, psicóloga e publicitária, é deputada federal pelo PSDB-SP.

terça-feira, 15 de março de 2011

A história de meu Blog

Quando cheguei em Indaiatuba, depois de passar um tempo no Sarah Kubitscheck, passei por várias experiências.

Numa delas a Prof me ajudou a fazer um Blog, além de orientar no Twitter e Facebook. Muitas coisas...

Esse primeiro Blog foi chamado de Ronan - Cada Vez Melhor. Nele foram colocados os seguintes posts:

a) A fome e a escassez de alimentos - onde faço um pequeno comentário sobre essa questão tão séria

b) Primeira aula de equoterapia - onde coloco fotos minhas sobre o cavalo acompanhado pelos terapeutas

c) Meus recentes terapeutas - onde coloco uma lembrança e meu profundo agradecimento às pessoas que fizeram uma grande diferença em minha estada na cidade de Indaiatuba.

Na foto acima estamos meu Irmão Saulo e Eu; alegres, muito unidos e confiantes.

A todos fica meu profundo agradecimento. De coração: Obrigado!

segunda-feira, 14 de março de 2011

Câmara Federal cria Frente de Direitos das Pessoas com Deficiência

Visite o site http://maragabrilli.com.br/federal/component/content/article/5-destaque/102-frente-parlamentar-de-defesa-dos-direitos-das-pessoas-com-deficiencia-do-congresso-naciona

PARABÉNS Mara. Assim poderemos, também, ter uma vida mais normal.

Uma homenagem para Mara Gabrilli


Mara Gabrilli é Deputada Federal que tem como objetivo levar a voz das pessoas com necessidades especiais aos políticos e toda a nação brasileira.
É essa realidade que buscamos, também, despertar nas pessoas para que possamos melhorar a oportunidade de todos.
Visite o Site da Deputada e comente. O endereço é: http://www.maragabrilli.com.br/home.html

Todos só teremos a ganhar!

Em Monte Carmelo



Sempre gostei de andar a cavalo. Equoterapia é muito bom para o equilíbrio.